Secretário de Estado vai ao Parlamento explicar "facturas"
"Na terça feira, estarei na Assembleia da Republica, que foi o local que o ministro Miguel Relvas escolheu para transmitir o facto em causa, e transmitirei o ponto da situação", anunciou à Agência Lusa Alexandre Mestre, em Guimarães, à margem de uma conferência subordinada ao tema "O Movimento Olímpico e o Dirigente Desportivo". A 23 de Agosto, o ministro Miguel Relvas revelou, perante a Comissão de Educação Ciência e Cultura, que foram "encontradas numa sala" do IDP facturas no valor de 6,78 milhões de euros que não estariam contabilizadas. "À data, o governante assegurou que estas facturas seriam enviadas para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas para assegurar eventuais ilícitos criminais.
Três dias depois, fonte da Lusa no IDP esclareceu que as referidas facturas são relativas a 176 fornecedores de "serviços diversos", como limpeza, electricidade, ou obras no Jamor. As 687 facturas não contabilizadas, adiantou a mesma fonte, foram emitidas a partir de 2004, mas a maior parte são de 2008 a 2011. À Lusa foi ainda afirmado que o IDP iria comunicar "brevemente" o caso ao Tribunal de Contas, Inspecção-Geral de Finanças e Direcção-Geral do Orçamento e que uma eventual denúncia ao Ministério Público dependeria da conclusão do inquérito interno entretanto aberto.
Entretanto, a 05 de Setembro, o IDP confirmou a existência das ditas facturas, em comunicado enviado à Lusa, dando também conta que este organismo está a passar por uma "muito preocupante situação económica". O IDP revelou que inicialmente foram detectadas "apenas 50 facturas" numa sala fechada e que um inquérito foi "de imediato desencadeado". O comunicado dizia ainda que "todos os dias são recebidos no IDP, pessoalmente, por telefone e por email, contactos de dezenas de fornecedores que reclamam o pagamento de facturas de bens fornecidos e serviços prestados. Tais serviços reportam-se a facturas incluídas no universo total de 687 reclamadas por 176 diferentes fornecedores. Apuradas até ao anúncio público". Até à presente data, não são conhecidas as conclusões do inquérito interno do IDP acima referido.